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Dia da Consciência Negra

Lucy Guerrero Community Manager & Marketing
November 20, 2021 Notícias Rogue Snail

O Dia da Consciência Negra existe para refletirmos sobre a luta contra o racismo e a desigualdade que presenciamos no Brasil. Hoje 54% da sua população é autodeclarada negra, segundo dados do IBGE, mas ainda há uma disparidade de acesso à educação formal e consequentemente da ocupação de pessoas negras em cargos de decisão nas empresas.

 

Em nossa indústria de jogos isso não seria diferente. Segundo o 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais de 2018 apenas 10% dos sócios e funcionários de estúdio de jogos se autodeclararam afrodescendentes. E por que isso acontece?

Negros são a maioria dos jogadores, mas ainda são poucos aqueles que fazem parte da produção dos jogos

As áreas de tecnologia são áreas caras, principalmente no Brasil. Temos diferenças drásticas em quem tem acesso às tecnologias, à equipamentos e à internet de boa qualidade, e em quem não tem. Esse acesso aos meios de produção é um dos grandes fatores que afastam as pessoas, principalmente a população negra, desses espaços.

 

Hoje já vemos uma mudança ocorrendo, principalmente quando falamos de acesso e democratização que os jogos mobile trouxeram à nossa sociedade. A Pesquisa Game Brasil deste ano, a PGB 2021, mostrou que 50,3% dos jogadores do país se declaram pretos ou pardos, e 41,6% preferem jogar em seus smartphones. Jogos como Free Fire, com gráficos mais simples e que rodam em celulares menos potentes, contribuíram para a democratização de um entretenimento que antes ficava restrito a computadores ou consoles caros que poucas pessoas em nosso país têm acesso.  

Free Fire foi um dos jogos mais importantes para abrir espaço a democratização do e-sport no Brasil

 

Existem grupos que também lutam para democratizar a cultura pop e aumentar a visibilidade ao público da periferia no país, como a PerifaCon e PerifaGamer e outras iniciativas como o PretaLab e a AfroPython abrem oportunidade de inclusão e ascensão profissional, e geram empoderamento de pessoas negras na área de tecnologia. Essas organizações lutam para que haja uma mudança de comportamento, da sociedade e das empresas, e que sejam criadas oportunidades para a população negra e periférica.

 

PerifaCon 2019 | Foto: Márcio Schimming

A representatividade significa muito mais do que falar sobre personagens negros dentro dos jogos, ela também precisa falar sobre oportunidades às pessoas negras de ocuparem cargos de desenvolvedores. Apenas com a construção de estúdios com equipes diversas, que possuem indivíduos com diferentes percepções de mundo, será possível criar narrativas e representações complexas e positivas nos jogos, além de mostrar que todos podem, e devem, ocupar esses espaços.

 

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